quinta-feira, 31 de maio de 2012

Comendo em Madrid: La Barraca


Fomos conhecer o La Barraca com a recomendação de que servia uma paella excelente. Chegamos numa segunda às 9 da noite, sem fazer reserva. Pelo dia da semana, e como o restaurante não aparentava estar muito cheio, ficamos surpresos quando o atendente - meio grosseirão - nos disse que havia 1:30h de espera pra quem não tinha reserva. No mesmo instante, se formou uma grande fila, onde todos recebiam o mesmo tratamento: quem tinha reserva, sentava, e quem não tinha, ganhava o mesmo prazo de espera.

Ficamos na dúvida se esperávamos ou não, pois era nossa última noite em Madrid (só havia aquela chance de provar a famosa paella, ou no almoço do dia seguinte). Ao perguntar se o restaurante ficava mais vazio no almoço, a resposta foi enfática: "No La Barraca, sempre tem que fazer reserva". Ao perguntar se havia chance de levar menos do que 1:30h, o que recebemos foi um direto "Milagres acontecem".

Como a paciência de procurar outro lugar para comer era ainda menor do que a de esperar, resolvemos ficar por lá, esperando o milagre acontecer. Mas pelo jeito nosso santo estava fraco nesse dia, porque só fomos sentar lá pras 10:30 mesmo (após ainda uma confusão, pelo atendente ter anotado errado o número de pessoas da mesa).

Sentamos, enfim. O restaurante é bem tradicional (não exatamente bonito, para os meus padrões) com ambiente despojado decorado por objetos típicos.


O pão servido no couvert (1,75€ por pessoa) era bem duro - o pão espanhol em geral me pareceu meio duro, mas o de lá era mais. Em compensação, o molho de alho que acompanhava era ótimo.


Partimos então para o prato: o restaurante tem tipos variados de paella, custando de 13-21€, a depender dos ingredientes que acompanham o arroz. Detalhe importante, as porções são produzidas para no mínimo duas pessoas (os preços que falei são por pessoa). Pedimos uma paella da casa (18€ por pessoa) que levava peixe, camarões gigantes, lula, mexilhão e vongole.

Agora o que todos querem saber: valeu a pena esperar? Olha, valeu cada segundo! Divina, tempero na medida, saborosíssima! Facilmente uma das coisas mais gostosas que comi em toda a viagem (e dá pra ver aqui no blog que eu comi muito!).

Paella para três
Parte do meu prato (havia mais esperando para uma segunda rodada)
A porção era bem servida, também, e acabamos dispensando a sobremesa. O preço do prato era mais alto do que dos outros restaurantes que fomos em Madrid, mas o custo benefício compensa. O preço das bebidas é o mesmo da média. Tomamos uma jarra de sangria (11,50€) e meia garrafa de vinho (6,90€).

O La Barraca fica bem próximo da Gran Vía (que já dei motivos para conhecer aqui e aqui), por isso a visita é também obrigatória se quiser provar uma tradicional paella. Mas pra evitar perda de tempo, se programe e reserve antes.

Onde:
Calle de la Reina, 29 - Madrid, Espanha

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Comendo em Madrid: Viena Capellanes


O Viena Capellanes é um café hiper bonitinho, com estilo antigo e decoração bem clássica e rebuscada, que ficava perto do nosso hotel. São lustres e colunas ornamentadas, combinando com os docinhos confeitados com capricho. Uma graça!


Você entra no delicadinho café, e todo o clima fino acaba no momento em que você fala com as atendentes. Elas falam alto e apressadas, e batem as xícaras no balcão como se estivessem num boteco. É meio chocante, mas é o jeitinho deles.

Depois de levar uns berros das atendentes, sente numa das mesinhas com bancos altos, e volte a curtir o clima gostoso do café, agora acompanhado de alguma coisa (também gostosa) para comer. Lá, provei os tradicionais churros espanhóis (que não são como os brasileiros: são mais finos, sem açúcar e sem recheio) acompanhado de um chocolate bem consistente para molhar os churros (3€, dois churros e a bebida). Estava ótimo! Os churros eram crocantes, e o chocolate não era enjoativo. De qualquer forma, foi o único lugar onde comi churros, por isso não posso fazer comparações.


Apesar da aparência fina, o Viena não é caro: o café da manhã que tomávamos lá era inclusive mais barato (e bem mais gostoso) do que o que provamos na conhecida franquia do Café e Té, que tem várias unidades em Madrid. Se estiver hospedado no mesmo lugar, ignore o Café e Té em frente, e siga para o fofo Viena.

Onde:
Calle de Goya, 37 - Madrid, Espanha

terça-feira, 29 de maio de 2012

Comendo em Madrid: Lateral


Vamos dar início à seção de comilanças da Espanha em grande estilo: com um menu tipicamente espanhol, e um dos meus restaurantes favoritos da viagem. O Lateral é um restaurante conhecido em Madrid, com várias unidades, especializado em tapas (aquelas porções pequenas pra comer de monte). Adoro a ideia pois se pode provar muita coisa diferente, e em viagem, nada como conhecer o máximo de coisa nova, né?

Bom, contrariando a minha última frase, mesmo com apenas 4 dias em Madrid, fomos no Lateral duas vezes. Isso porque gostamos muito mesmo do lugar, e havia tanta coisa pra experimentar, que uma visita só não foi o suficiente para provar tudo que queríamos e repetir os favoritos.

Conhecemos a unidade da Calle Velázquez, em Salamanca (próximo ao nosso hotel) e a unidade da Plaza de Santa Ana. Ambas bonitinhas, descoladas e modernas. Na primeira, chegamos por volta das 15h e pegamos uma espera de mais ou menos meia hora. Na segunda, chegamos cedo e sentamos logo, mas poucos minutos depois o salão já estava lotado.

Unidade Velázquez
Unidade Plaza Santa Ana
No cardápio, há duas opções: pinchos e raciones. Cada ingrediente dos pinchos acompanha (ou vem sobre) um pão, e as raciones são as porções mesmo (costumam sair mais em conta, mas é bom provar de ambos).

Primeiro dia (unidade Velázquez):
Vou separar os pedidos por dia. No primeiro, pedimos: croquetes de jamón e bacalhau (1,50€ a unidade, ou 6,55€ a porção com 6). O de jamón estava DIVINO e mereceu depois uma porção só pra ele. Pedimos também um pincho de queijo de cabra com pimentão confitado (meio adocicado) que também estava ótimo e ganhou repeteco (3,25€).


Pedimos uma porção de mini-hamburguesas com redução de Pedro Ximénez - um vinho - (6,10€) que apesar do nome esquisito eram maravilhosas e suculentas. Também pedimos almôndegas de carne (6,55€), que eram boas, mas a primeira porção era melhor.


Outro pincho pedido foi o de brie fundido com jamón (3,25€) que também era ótimo. A porção de pão de alho com molho de tomate (3,55€) seria melhor se o molho não fosse meio frio. Na verdade, o pão de alho puro não tinha muita graça, mas combinou bem com as almodeguinhas/hamburguinhos da foto anterior.


Fechamos com uma provoleta (3,60€), um pratinho de provolone derretido que acompanhava pão. Era bem gostosa e bem servida, para o preço.


Para acompanhar, vinho!
O vinho na Espanha é sensacional, e nos restaurantes é praticamente tão barato quanto refrigerante. O básico do básico sobre o vinho espanhol: há duas principais regiões onde os vinhos são produzidos, Rioja (os mais famosos) e Ribera del Duero (costumam ser mais leves e um pouco mais caros). Quanto ao tempo de amadurecimento, vão de Crianza à Reserva (e Gran Reserva). No Lateral, há vinhos de ambas as regiões e tomei um Viña Solorca Reserva (Ribera del Duero - 3,20€ a taça). Mas eu só guardei o nome porque foi um dos primeiros: lá pras tantas da viagem, eu pedia qualquer um, porque era tudo muito bom hahaha!


Pra quem gosta (não é o meu caso) a maioria dos restaurantes espanhóis serve também sangria. Normalmente, há apenas a jarra disponível, mas você pode pedir uma bebida chamada tinto de verano que é uma espécie de sangria mais simples, servida na taça. O Lateral serve sangria na jarra, e tinto de verano (2,85€) - repasso que meu pai amou esse tal verano, e tomava toda hora.

Segundo dia (unidade Santa Ana):
Aqui foi dia de pedir tapa de brie com pimentão caramelizado (3,25€). Bom, mas o de jamón ou o de queijo de cabra eram melhores.


Repetimos a dose do croquete de jamón, que pra mim, foi o favorito do restaurante! Diz se essa segunda foto não é de dar água na boca? Hiper cremosinho, hummm!


Repetimos também os mini-hamburguinhos, mas o da primeira vez estavam melhores (vinham com mais molho, e mais bem passados - preferimos). Vale recomendar capricharem no molho e fazerem bem passado, se for do seu gosto.


Outra pedida foi a tortilla espanhola (2,35€), uma torta de ovo com batata e cebola. Boa, mas preferi as outras coisas.


Pedimos também um tapa que levava os três itens que tive impressão de serem os mais recorrentes nos cardápios espanhóis: batata, jamón e ovo. Era uma batata recheada com jamón e queijo, com ovo de codorna por cima (3,30€). Muito boa, e bem servida!


Pra fechar: crepe de doce de leite (4,10€) que estava super cremoso, uma delícia!


Os tapas do segundo dia acompanharam chopp Mahou (2,70€) que tomei mais de uma vez durante a viagem e gostei, bem levinho. Detalhe pro copo, que lindo! Tudo no Lateral tem um toque moderninho, super charmoso.


Em resumo: Madrid está cheia de casas de tapas, mas a fama do Lateral não é à toa. É sensacional para uma seção de degustação espanhola, tudo saborosíssimo! Como falei ali em cima, há várias unidades, e por isso não tem desculpa para não ir.

Onde:
Calle Velázquez, 57 - Madrid, Espanha
Plaza de Santa Ana, 12 - Madrid, Espanha
http://www.cadenalateral.com/

Veja mais:
O que fazer em Madrid
Onde comer em Madrid
Onde comprar em Madrid
Onde se hospedar em Madrid
Dicas de Barcelona

domingo, 27 de maio de 2012

Madrid: onde comprar


Na Espanha, vale o mesmo esquema do Tax Free que falei de Portugal, só que lá o valor mínimo é de 90€. Peguei o reembolso da viagem toda no Aeroporto de Barajas e foi super tranquilo. Entreguei as notinhas para carimbar antes do check-in, e peguei o dinheiro com as notas carimbadas depois dele, sem filas ou stress.

Salamanca:
Como falei no post anterior, o bairro de Salamanca é cheio de lojas, e muito agradável. Lá, a gente encontra aquele mesmo combo de lojas baratinhas (Zara, H&M, Pull&Bear, Mango, Stradivarius, e outras). Não arrisquei muito conhecer as outras lojas locais, pois essas eram onde encontrava os melhores preços mesmo. A única marca nova que eu gostei foi a Salvador Bachiller (R. Velázquez, 24), para comprar malas. Vende também bolsas e acessórios (que eu pessoalmente achei bem cafonas) mas gostei muito das maletas durinhas, super coloridas. Há várias estampadas, e com a veia nerd de quem estudou computação, não pude deixar de lembrar dos amigos geeks quando vi essa: (se não entender, clica aqui)
Difícil confundir na esteira de desembarque, né?
Se você pode gastar um pouco mais, veja as coisas moderninhas/minimalistas/charmosas da COS (R. Claudio Coello, 53). Se pode gastar mais ainda, a Ekseption (Velázquez, 28) é uma multimarca cheia de coisas bacanas, que vende algumas marcas que não possuem loja própria em Madrid.

Calle de Serrano:
E quando o assunto é luxo, é preciso falar da Serrano, a "Oscar Freire" madrileña, que fica não muito distante das outras coisas que falei aqui. Lá a gente encontra Gucci, YSL, Prada, Salvatore Ferragamo e outras marcas que eu não lembro (afinal, não é como se eu tivesse feito altas compras por lá hahaha). Mais acessível, os sapatos da Camper (Serrano, 24) são descolados e com qualidade excelente.

Gran Vía:
Já falei um pouquinho da Gran Vía nesse post. Vale muito a pena passear pela rua turística e cheia de lojas, mas não encontrei marcas mais interessantes do que a turma da Zara & cia. Vale comentar que as lojas tem mais movimento do que as da Salamanca. Pela região, coma no La Barraca e no Los Juncales.

Veja mais:

Madrid: Hotel Vincci Soma


Em Madrid, ficamos hospedados no hotel Vincci Soma, no bairro de Salamanca. O hotel é pequeno, tanto a faixada quanto os quartos, mas aconchegante e confortável. Os recepcionistas eram super prestativos e educados. Não optamos pela diária com café da manhã, mas tómavamos nosso lanche matutino no fofíssimo café Viena, a umas 3 quadras dalí.


O que realmente amei no hotel foi a sua localização, pois a região não podia ser mais agradável e charmosinha, cheia de restaurantes, cafés e lojas legais. Pras consumistas: o hotel fica literalmente ao lado de uma H&M e Mango (olha o perigo! hahaha). Perigosa também é a proximidade da calle Serrano, onde ficam as lojas chiques de Madrid (a umas 7 quadras do hotel). Para comer na região, recomendo também o Lateral, VIPS e Le Pain Quotidien.

Fica também em frente à estação de metrô Goya (é só atravessar a rua mesmo) o que facilita as andanças pela cidade. Se não estiver lotado de malas, economize uns euros fazendo o percurso do aeroporto para o hotel de metrô mesmo (a estação tem elevador).

Veja mais:

Madrid: o que fazer (parte 2)


De longe, o programa que estava mais ansiosa para fazer em Madrid era visitar o Museo del Prado. Não que eu seja assim um poço de cultura, mas se tem uma coisa que eu gosto desde criança é pintura, e o Prado abriga o meu TOP 1 de "quadros pra ver antes de morrer" (apenas!).

Posso ter em casa?
O Jardim das Delícias Terrenas é quadro mais famoso de Hieronymus Bosch, dessas pinturas que tem detalhes pra você passar o dia todo em frente, observando, sabe? São três grandes e lindíssimos painéis, o do centro representando os pecados, o da esquerda o paraíso, e o da direita o inferno (meu pedaço favorito!).

Tentando não tornar esse post tão pessoal (sorry, é muita emoção em relatar meu sentimento hehehe) o Museo del Prado tem várias obras famosas. Se você tem um tiquinho de interesse em arte, certamente já viu alguma vez na vida alguns quadros dessa lista (As Meninas pelo menos, vai!). Se não tiver condições de passar o dia todo no Prado, ao menos pegue o completo folheto com a lista das obras primas, que já indica a sala de cada uma, facilitando demais a vida. Apesar da enormidade do museu, há uma pessoa para pedir informação em todas as salas, e assim fica bem fácil de andar por lá.

As Meninas, de Velázquez
Entrada: 12€, ou 19€ com o Guia de Obras do Prado (bonito, completo e disponível em vários idiomas). Gratuita a partir de um certo horário (18h, se não me engano, bom confirmar antes no site). Fechado na segunda-feira.
Dica: Se quiser sair de lá com o guia, não espere o horário da visita gratuita, pois ele custa 19€ na gift shop também.

Outro museu bem famoso em Madrid, mas ao contrário do clássico Prado, o Reina Sofia é um museu de arte moderna, que abriga obras de artistas como Picaso, Dalí e Miró. A obra mais famosa de lá é o Guernica, que dispensa apresentações. Quadro mais conhecido de Picasso, vê-lo ao vivo dá mais ou menos a sensação de ver um famoso ponto turístico na sua frente, pela primeira vez. É lindíssimo (muito mais lindo ao vivo!) pois é enorme, e se pode ver com muito mais intensidade a dor e o sofrimento das pessoas retratadas. Incrível! Também adorei o Homem Invisível, de Dalí.


Entrada: 6€, gratuito no sábado a tarde, fechado na terça-feira.

Fuente de Cibeles:
A fonte fica numa praça com o mesmo nome, e achei um dos trechos mais bonitos da cidade. Com certeza vale a visita e rende boas fotos!


Gran Vía:
É uma das principais ruas de Madrid, ficando entre a Calle de Alcalá e a Plaza de España. Tem muitas lojas (de roupas e lembrancinhas), rendendo um bom passeio. Mesmo sem a intenção de fazer compras, a rua, por si só, já é um ponto turístico que vale a pena ver. Há também alguns restaurantes, mas os que ficam nas rendondezas nos pareceram menos turísticos e mais legais dos que os que ficam na própria Gran Vía.


Parque del Retiro:
É um parque grande, que fica próximo ao Museo del Prado. Na verdade, tudo que descrevi nesse post é razoavelmente próximo (se anda bastante, mas é possível fazer a pé). Achei que o jardim que fica na entrada do parque é a parte mais interessante, e não vi muita graça no resto dele (mas é bom contar que eu pessoalmente não sou muito de parques, mesmo).

Só eu que tenho aflição dessas árvores?
Finalmente, um passeio que faltou fazer durante a estadia em Madrid foi visitar a cidade de Toledo (inicialmente, estava no roteiro, mas devido a alguns imprevistos na viagem, acabou sobrando). De qualquer forma, repasso uma dica que recebemos: um conhecido que morou em Madrid nos contou que pegou um pacote fechado pra visitar Toledo que foi uma roubada: melhor alugar um carro e fazer o passeio por conta própria. Quando voltar a Madrid, pretendo conhecer a cidadezinha medieval que dizem ser muito bonitinha.

Veja mais:

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Madrid: o que fazer (parte 1)


Estaria muito triste com o final dos posts portugueses, não fosse toda essa delícia de Espanha que vem pela frente. Então, vamos dar início no blog à segunda parte da viagem, vale?

"Bale"! Os espanhóis falam isso a todo tempo, que significa, simplesmente, "tá". Também é só alguém vir te atender pra já mandar um DIME DIME DIME ("diga-me") muito do apressado. Os espanhóis passam a impressão de nervosinhos e impacientes até pra quem mora em SP, morada do stress brasileiro. Pra quem vive em cidades tão lindas, com comida tão boa e o direto à siesta após almoço, não sei porque os caras não são mais tranquilos.

Enfim, a primeira parada española foi em Madrid. Primeira impressão da cidade (que durou até o final da estadia): lindíssima! Avenidas largas, prédios charmosos, linda e arrumada. Pontos que você deve passar:

Barajas:
Bom, aqui, na verdade, você precisa passar mesmo. Você desce no gigantesco e modernoso Aeroporto de Barajas e já tem a clara indicação de que chegou numa cidade de primeiro mundo. Estou colocando esse tópico aqui pra dar uma dica: Barajas é bem distante do resto da cidade mas tem uma linha de metrô toda preparada pros viajantes, com trens largos, elevadores e esteiras. Vale pegar um trecho pra pelo menos economizar a ida de táxi pro hotel. Ou, dependendo de onde for ficar, também é super viável ir de metrô todo o caminho até o hotel, pois muitas estações de metrô possuem elevador. Os tickets de metrô em Madrid custam 1,50€ (ticket simples - sencillo) mas pra ir e vir do aeroporto, você deve comprar o bilhete com suplemento (2,50€).

Igualzinho à Guarulhos, hein? :)
Palácio Real de Madrid:
Agora sim, começam de fato os pontos turísticos, e toda a rota que descrevo daqui pra baixo se faz a pé. A primeira parada é no lindo Palácio Real, que vale muito a visita pra gente imaginar como seria viver naquelas salas todas rebuscadas, cada uma com uma cor predominante. Repare com cuidado nos lustres: alguns são tão grandes que tem grandes leões dourados dentro do próprio lustre! Destaque também pra belíssima sala do trono. Não permite fotos no interior, então deixo só a foto da faixada.
Entrada: 10€

Sendo um local bem turístico, a gente encontra peças como essa nos arredores do palácio
Catedral de la Almudena:
Fica exatamente em frente do palácio. A catedral levou mais de 100 anos para ser finalizada, e por isso possui uma mistura de estilos: neoclássico (no exterior), neogótico (no interior) e neoromântico (na cripta). Achei que a mistureba deixa a catedral não necessariamente bonita, mas interessante. Destaque pros vitrais bem coloridos que cruzam o teto.
Entrada: gratuita.


Mercado de San Miguel:
Depois do palácio e da catedral, siga caminhando pela Calle Mayor, observando as construções antigas pelo caminho, até chegar no Mercado de San Miguel. É um mercadão bem movimentado, que vende as comidas mais variadas que você imaginar. Certas coisas aparentam ser apetitosas, outras são simplesmente bonitas e há também aquelas bem bizarras.

Vai um peixinho aí?
A informação que tínhamos sobre o mercado era de que ele é mais frequentado por turistas do que pelo povo local, e sendo assim, os itens são mais caros (e, as vezes, com qualidade inferior). Não provei nada lá, mas meu pai pediu um sanduíche de jamón que era mais caro e mais seco do que outros que provamos em outras regiões da cidade. Não sei se foi falta de sorte nossa, mas acabou coincidindo com a informação que tínhamos. De qualquer forma, vale a visita, nem que seja só pra espiar.

Plaza Mayor:
É a maior praça e um dos maiores pontos turísticos de Madrid. É uma praça quadrada, completamente rodeada por restaurantes e lojinhas de souvenir nos seus quatros cantos. É um lugar beeem turistão (vale a mesma informação do mercado), e eu pessoalmente não me senti atraída para sentar em nenhum dos restaurantes, em meio ao grande movimento e os muitos pedintes. Não passamos por nenhum perrengue lá, mas vale a pena repassar a dica que recebemos: cuidado com a bolsa!

Lá vou eu outra vez, nos meus experimentos com fotos panorâmicas
Puerta del Sol:
Outra praça conhecida em Madrid, onde fica a estátua do Oso y el Madroño (Bear and the Strawberry Tree). Apesar da estátua aparecer muito em todas as lojinhas de souvenir, não espere que ela esteja destacada no meio da praça: o urso fica meio escondidinho na esquina com a Calle de la Montera.


Plaza de Santa Ana:
Depois de ver tanta coisa, suba pela rua Carretos até a Plaza de Santa Ana, para recuperar as forças num dos muitos restaurantes bonitinhos que há por lá. É uma praça bem menor e menos turística do que as outras, por isso se encontra boas opções para comer, como o delicioso restaurante de tapas Lateral.

Outra opção para comer nos arredores do roteiro é na simples, porém famosa, Casa Labra, perto da Puerta del Sol. Pensamos em almoçar lá, inicialmente, mas como era domingo, o restaurante não abria para almoço e saíam apenas petiscos. Desistimos e fomos pro Lateral, mas depois nos arrependemos de não ter comido ao menos um salgadinho antes de sair, pois estava muitíssimo movimentado, e tanta gente só podia indicar coisa boa.